PALAVRA DA FUNDAÇÃO

Já ouviu falar em divergente positivo?

Saiba por que as organizações devem valorizar esse tipo de profissional que busca soluções inovadoras e muda cenários. Artigo da superintendente executiva da Fundação Chateaubriand, Mariana Borges, revela o novo perfil dos intraempreendedores sociais


Publicação: 31/03/2015 18:00 | Atualização: 08/04/2015 18:03

'São pessoas versáteis, colaborativas e com um pensamento diferente' (Freepik)
'São pessoas versáteis, colaborativas e com um pensamento diferente'
 

As decisões tomadas agora vão influenciar a forma como o país e as organizações sobreviverão. Nesse cenário, contar com as pessoas certas fará toda a diferença. De tempos em tempos, com a evolução dos mercados, do perfil dos consumidores e das novas demandas dos cidadãos, surgem novas empresas e entidades e, com elas, novos perfis profissionais.

Alguns deles têm como característica a busca permanente por soluções inovadoras. São pessoas versáteis, colaborativas e com um pensamento diferente. Veem o mundo de forma especial, pensam e agem de forma diferente. O inconformismo é o que as move.

São verdadeiros empreendedores, mas, em muitos casos, estão empregados e criam para o local onde trabalham produtos e serviços diferenciados da concorrência, e se tornam de alto valor para a organização. Eles são os game changers (agentes de mudança), também conhecidos como divergentes positivos ou intraempreendedores.

Deste mesmo perfil, surgem os intraempreendedores sociais. Profissionais comprometidos e engajados pelo trabalho e atentos aos problemas da sociedade. Eles unem a vontade de fazer o bem, de atuar em um problema social sem perder o foco no lucro das empresas privadas.

Eles reconhecem que o lucro permite que ampliem o impacto das ações, criando um ciclo virtuoso de investimentos sociais nas organizações onde atuam.

Mariana Borges: 'Devemos convidar as lideranças a se juntarem aos intraempreendedores sociais' (Ed Alves/CB/D.A Press)
Mariana Borges: 'Devemos convidar as lideranças a se juntarem aos intraempreendedores sociais'

 

Para eles, é mais fácil tornar viável uma ação que, além de impacto social e ambiental, gera ganhos mercadológicos. Com isso, trazem novos modelos de atuação e benefícios institucionais.
Os intraempreendedores sociais têm hoje um grande desafio, o de ajudar a desenvolver nas organizações novas competências que contribuam para as empresas responderem às mudanças.

Ao criarem soluções de impacto social, fazem inovação social e contribuem para uma mudança de cultura nas organizações. Um número crescente de pessoas já tem praticado a divergência positiva, fazendo a coisa certa onde quer que estejam, apesar dos obstáculos.

Devemos convidar as lideranças, dentro de suas possibilidades, de seu tempo, em seus círculos de relações, e nos próprios espaços de atuação para se juntarem aos intraempreendedores sociais e buscarem o equilíbro entre o modelo de negócio da iniciativa privada e a geração impacto social.

 

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