Treinadores de medalhistas do Parapan são reconhecidos por honra ao mérito
Professores de pessoas com deficiência, Heeyhashy Nascimento e Gabriel Goulart tiveram trabalho reconhecido pelo presidente da Fundação Assis Chateaubriand
A Fundação Assis Chateaubriand homenageou nessa quinta-feira (4/9) dois de seus profissionais que integram a equipe pedagógica do projeto Esporte e Cidadania nos Centros Olímpicos e Paralímpicos, Heeyhashy Nascimento e Gabriel Goulart. Eles receberam do presidente da Fundação, Evaristo de Oliveira, certificados de honra ao mérito em reconhecimento ao importante trabalho desenvolvido para pessoas com deficiência, especialmente pelo treinamento de atletas medalhistas nos Jogos Parapan-Americanos 2015. Também estavam presentes na homenagem o diretor de relações institucionais da Fundação, Paulo César de Oliveira Marques, o gerente de projetos, Eduardo Gay, e o gerente de Centro Olímpico e Paralímpico Márcio Falcão.
Membro da equipe desde 2011, Gabriel dá aulas para pessoas com os mais variados tipos de deficiência na unidade de São Sebastião e prepara os alunos para modalidades como atletismo, natação e preparação física para o goalball. Fora da Fundação, faz trabalhos de voluntariado no Centro de Treinamento em Educação Física Especial (Cetefe) e também é técnico voluntário da equipe União dos Atletas Cegos do Distrito Federal (Uniace), que representa o DF em competições regionais. Por conta do empenho profissional, teve a oportunidade de treinar a única atleta de Brasília na Seleção Brasileira de Goalball que foi ao Parapan. A aluna do Centro Olímpico e Paralímpico Jéssica Vitorino, 21 anos, levou medalha de ouro na competição.
Já Heeyhashy Nascimento faz parte do time da Fundação Assis Chateaubriand desde 2013 e já passou por várias experiências no Centro Olímpico e Paralímpico de Ceilândia – Parque da Vaquejada. Começou como professor de desenvolvimento motor para crianças e depois passou a integrar a turma da Coordenação de Pessoas com Deficiência, com trabalho mais voltado para o atletismo e vôlei sentado. Recentemente, foi convidado para assumir o cargo de coordenador. Ao lado do técnico Dênis Gigante, Heeyhashy foi auxiliar técnico e acompanhou diariamente o treinamento do atleta Ariosvaldo Fernandes da Silva, o Parré, que tem no currículo oito títulos brasileiros no atletismo em cadeira de rodas, é recordista nas provas de 100m, 200m, 400m e 800m; bicampeão pan-americano, com recordes nos 100m e 200m. Nas Paralimpíadas de Londres (2007), alcançou o quarto lugar nos 100m e, no Mundial da França (2011), trouxe a medalha de bronze. Este ano, levou duas pratas no Parapan, nos 100m e 400m.
Dedicação e carinho
Na avaliação do presidente da Fundação, Gabriel e Heeyhashy são exemplos de profissionais. “O trabalho deles nos Centros é fundamental para essas comunidades, pois possibilita uma proteção para crianças, jovens, adultos e idosos em locais de vulnerabilidade”, destacou Evaristo de Oliveira. “O dia a dia exige ainda mais dedicação por tratar de alunos com limitações físicas e intelectuais. É muito importante ter profissionais assim, com tanto carinho pela causa. Só quem convive diariamente sabe das dificuldades. É algo que dignifica e faz as pessoas crescerem. Só temos a agradecê-los e parabenizá-los pelo sucesso que alcançaram com os alunos”, completou o presidente.
O professor Gabriel Goulart agradeceu o reconhecimento. “Fiquei muito feliz porque, com pouco tempo de trabalho, pude perceber que também tenho um pouco de talento em trabalhar nessa área de atletas de rendimento. Isso me deu mais gás para estudar mais, aperfeiçoar os treinos e buscar mais conhecimento. O apoio da equipe nesse trabalho ajudou a chegar onde estamos”, observou.
Mais independência e inclusão
O coordenador Heeyhashy Nascimento também ficou emocionado com o gesto. Para ele, o mais gratificante é ver a evolução dos alunos. “Quando se fala em esporte para pessoas com deficiência, a gente vê que muitos pais que levam os filhos não têm uma pretensão maior de conquistas, mas quando se deparam com atletas formados como o Parré, com destaque em grandes competições, os pais percebem que o filho tem condições de chegar lá”, ressaltou Heeyhashy.
Segundo ele, a missão da equipe é proporcionar mais independência e inclusão a esses alunos, além de fazer com que não se sintam rejeitados pela sociedade. “Buscamos mostrar que são capazes de ter autonomia, seja no esporte ou na vida pessoal e profissional. E, quando chegamos a esse ponto, é muito bom sentir que o nosso esforço que foi empregado para o bem, que valeu todo aquele tempo de treino sob o sol forte. Isso renova as nossas forças para continuar sempre trabalhando.”
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