PALAVRA DA FUNDAÇÃO

Agenda global de desenvolvimento sustentável deve ser abraçada por todos

Superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, Mariana Borges destaca que as novas estratégias foram pensadas com as pessoas e pelas pessoas do planeta. E analisa os desafios para os próximos anos


Publicação: 30/09/2015 21:30 | Atualização: 01/10/2015 17:06

 (Tainá Seixas/PNUD)
 

Por Mariana Borges*

 (PNUD)
Em 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecia um ousado plano de metas até 2015 para melhorar a vida das populações dos países em desenvolvimento. Com 2,8% da população mundial, o Brasil foi responsável pela redução de 6% da pobreza mundial nesse período.

O protagonismo brasileiro na agenda dos objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) – pelo esforço de incorporar os objetivos às políticas públicas, envolver as empresas e a sociedade civil – fez com que a experiência brasileira fosse referência internacional. Como resultado, o Brasil só não atingiu um dos objetivos, o ODM 5: Melhorar a saúde das gestantes.

Para o período de 2016 a 2030, a agenda dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) nasce muito mais forte, a partir de ampla consulta aos países membros das Nações Unidas e representantes da sociedade. O processo foi o mais aberto, inclusivo e transparente já realizado pela ONU em seus 70 anos. Os ODS são considerados uma estratégia pelas pessoas, com as pessoas e para as pessoas. E é por isso que tem tudo para dar certo.

Trata-se de uma agenda que interessa a todas as 193 nações participantes. Desta vez, os desafios foram postos tanto para os países em desenvolvimento como para os países desenvolvidos. Apesar de ser da esfera global, é preciso transformá-la numa agenda nacional, regional, local. Este é o maior desafio. Ela será implantada em 2016 num cenário desafiador, do ponto de vista político e econômico brasileiro. Passará por vários mandatos de governos e por mais de uma geração de brasileiros. Por isso, precisa ser perseguida por todos os setores da sociedade.

A agenda ODS agrega atores e forças políticas e estabelece um foco comum para as diversas instituições e voluntários mirarem e se juntarem em parceria.

Reconhecendo a relevância do terceiro setor e do setor empresarial no processo de desenvolvimento social do país, a Fundação Assis Chateaubriand vem trabalhando em prol dos ODM desde 2014, juntando-se a mais de 2 mil instituições dos três setores da sociedade que compõem o Nós Podemos – Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade.

Com os novos desafios dos ODS, renova-se o nosso interesse em internalizar os temas aos projetos que desenvolvemos, em mobilizar nossas redes em prol de uma agenda única e utilizá-la como ferramenta importante de refinação e qualificação dos nossos investimentos sociais.

O desenvolvimento sustentável é um modelo que prevê a integração entre economia, sociedade e meio ambiente. Em outras palavras, é a noção de que o crescimento econômico deve levar em consideração a inclusão social e a proteção ambiental. Os ODS dão continuidade ao esforço em prol dos ODM e avançam ainda mais, estimulando o equilíbrio nas relações sociais, ambientais e econômicas.

 

Os ODS são uma grande oportunidade para que os governos, as empresas e a sociedade civil busquem modelos de desenvolvimento sustentado, inclusivo e sustentável, pois “ninguém será deixado para trás”, segundo expressão colocada na Declaração da ONU, por ocasião do 70° aniversário das Nações Unidas: “no one will be left behind”.

 


 (Fábio Donato/PNUD)

* Mariana Borges é superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, membro do Núcleo ODM Distrito Federal e secretária nacional de comunicação do Nós Podemos - Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade

 

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