Especialista em educação global, Edwin Gragert destaca desafios
Em entrevista, o educador americano fala sobre a importância de se compartilhar conhecimentos e os desafios da educação para os próximos anos
Um dos fundadores do IEarn, da Argentina, diz que ninguém é tão sábio ao ponto de não ter nada para aprender com o outro. E ninguém sabe tão pouco a ponto de não ter nada para ensinar. Isso é parte de uma filosofia de trabalho colaborativo que envolve sabedoria, conhecimento e informação em todo o planeta. Se queremos que as crianças das novas gerações saibam lidar com questões mundiais e com as próprias carreiras, elas precisam aprendem a trabalhar em grupo. O trabalho colaborativo é importante por isso.
A segunda razão é que, trabalhando em conjunto com jovens de todo o mundo, eles se dão conta e valorizam as diferenças e semelhanças. Tornam-se muito mais respeitosos, escutam melhor. E, quando crescem, tornam-se cidadãos melhores e reconhecem que a maneira de lidar com questões globais passa pelo trabalho em conjunto. Não importa a profissão que decidam seguir, eles trazem essa experiência na bagagem.
Quais são os maiores desafios para o alcance dos ODS no que diz respeito a educação?
São muitos os desafios. O primeiro deles é levar informação sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável para as pessoas. Muita gente não tem conhecimento sobre o que são esses objetivos. O mundo está definindo objetivos, metas e indicadores específicos em muitos setores, não apenas naqueles que eram tratado com os oito objetivos de desenvolvimento do milênio, ligados à fome, miséria, educação, igualdade de gêneros, saúde e respeito ao meio ambiente. É aí que entra o papel dos educadores de levar esse conhecimento aos nossos jovens.
Outro ponto é que, quando as pessoas veem 17 objetivos, se assustam por achar que são muito complexos e que não podem contribuir. O segundo desafio é identificar maneiras de comunicar a essas pessoas que elas podem efetivamente fazer a diferença com gestos simples. Elas precisam reconhecer que, com 8 bilhões de pessoas no mundo fazendo a sua parte, conseguimos fazer uma grande mudança.
Nós, educadores, precisamos ter a certeza de que as pessoas não se sintam desempoderadas pelo escopo dos desafios a seguir. Precisamos mobilizar e identificar pequenos passos que os jovens podem trabalhar junto com a escola, os amigos e familiares para ajudar no alcance dos ODS. É preciso oferecer caminhos específicos e espaço para os jovens decidirem que podem fazer pequenas coisas para mudar o mundo.
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