ESPORTE E CIDADANIA

Crianças da Estrutural vivem experiência cultural em exposições de arte

Alunos do Centro Olímpico e Paralímpico saem um pouco da rotina de aulas esportivas e viajam pelo mundo da arte na Caixa Cultural Brasília


Camila de Magalhães -

Publicação: 16/06/2017 17:46 | Atualização: 16/06/2017 18:16

 (Alunos tiveram a oportunidade de visitar quatro exposições sobre as culturas australiana e brasileira (Fotos: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press))

 

A rotina da estudante Renata da Silva, 13 anos, costuma ser tranquila, de casa para a escola e da escola para as aulas esportivas, sem sair muito da Estrutural. Mas nesta sexta-feira (16/6), ela e outros 17 colegas do Centro Olímpico e Paralímpico tiveram a chance de sair da comunidade para viajar numa experiência artística diferenciada. Eles participaram de uma visita à Caixa Cultural Brasília e puderam conferir quatro exposições em cartaz: O tempo dos sonhos – Arte aborígene contemporânea da Austrália; O essencial é invisível aos olhos, de VJ Suave; Flávio de Carvalho Expedicionário, e Coleção Brasília – Patrimônio Cultural da Humanidade.

Para Renata, a primeira experiência com exposições foi marcante. “Senti muita coisa, fiz uma viagem, foi bem louco e divertido. Pude passear pelo mundo inteiro. No nosso dia a dia, a gente não vê muita coisa, aí isso tudo é novidade, fica bem diferente, mais alegre”, comentou.

Descoberta dos símbolos

 (Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
 

Além da cara de surpresa ao ver um ambiente iluminado com luz negra e cristais gigantes brilhando na mostra O essencial é invisível aos olhos, as crianças também ficaram encantadas com o simbolismo das pinturas aborígenes, em O tempo dos sonhos

 (Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)

O que despertou a curiosidade de Liranildo Barbosa, 10 anos, foi saber que cada símbolo tinha um significado diferente. “Vi obras de arte muito bonitas. Achei interessante e fiquei tentando descobrir o que são os símbolos, como o encontro das quatro mulheres, o formigueiro, a água da chuva. Achei legal saber que cada um tem uma história”, observou o aluno.

Já no caso da pequena Yara de Araújo, 8 anos, uma das obras que chamou a atenção utilizava a técnica de pontilhismo. “Muito linda essa parte dos aborígenes. Me lembrou que já fiz uma arte com pontos. A minha professora leu um livro e mandou a gente pintar com bolinhas”, disse a menina. A jovem Ana Beatriz de Oliveira Matos, 16, não escondia a alegria em cada galeria e espaço com acervos que entrava: “Vi até Dom Pedro II. Fiquei muito feliz.”

Experiência marcante

 (Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
 

Outros cerca de 20 alunos da Estrutural, entre 9 e 11 anos, já haviam passado pelo espaço cultural na última quarta-feira (14/6). Na avaliação do ex-jogador de futebol profissional e atual gerente didático-pedagógico do Centro Olímpico e Paralímpico da Estrutural, Romualdo Dantas, a oportunidade proporcionada pela Caixa Cultural, Fundação Assis Chateaubriand e Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do DF é muito rica. 

“Se eu olhar para a minha vida, percebo que tive poucas oportunidades de estar em exposições com tantas imagens, quadros e informações. Poucas vezes presenciei exposições tão bacanas quanto essas. Imagine essas crianças que têm ainda menos oportunidade. A importância para elas é imensa, porque eles não têm no cotidiano tantas chances de ter mais conhecimento sobre a nossa cultura, a cultura de outros países, visualizar artes tão importantes de perto. Vejo essa visita como algo marcante na vida deles. Acredito que vão poder comentar entre os amigos e familiares, e talvez isso desperte o interesse de outras pessoas em também visitarem um espaço como esse”, destacou Romualdo. 

 (Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
 

Segundo o auxiliar da gestão educativa da Caixa Cultural Thyago dos Santos, a ideia do espaço é democratizar o acesso à cultura. “A Caixa se preocupa em trazer comunidades menos favorecidas para aproveitar a arte de forma gratuita. Desenvolvemos um trabalho conceitual sobre as galerias. Hoje trouxemos a realidade virtual, demos continuidade projetando um conceito voltado à arte aborígene australiana e um pouco do aspecto brasileiro do povo indígena, além de uma coleção que mostra o patrimônio cultural de Brasília”, explicou.

Gestão pegagógica

Em parceria com a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal, a Fundação Assis Chateaubriand é responsável pela gestão pedagógica de 7 dos 11 Centros Olímpicos e Paralímpicos do Distrito Federal: Ceilândia (Parque da Vaquejada e Setor O), Estrutural, Riacho Fundo I, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho. Além das aulas esportivas regulares e treinamentos de rendimento, são desenvolvidos eventos comemorativos e esportivos, além de cursos de qualificação social e experiências diferentes, como passeios realizados com apoio de outras instituições. Saiba mais sobre esse trabalho de Esporte e Cidadania.

 

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