CIDADANIA E SOLIDARIEDADE

Movimento Nós Podemos pretende atingir 25% dos municípios até 2017

Meta é criar 100 núcleos regionais e capacitar 600 mobilizadores voluntários para ações pautadas nos objetivos de desenvolvimento sustentável


Camila de Magalhães -

Publicação: 15/05/2015 12:28 | Atualização: 18/05/2015 18:41

Colegiado nacional do Movimento Nós Podemos: Trabalho pela melhoria de vida dos brasileiros (Foto: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
Colegiado nacional do Movimento Nós Podemos: Trabalho pela melhoria de vida dos brasileiros (Foto: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
 

Após um trabalho de 11 anos em prol dos oito objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) estabelecidos pelas Nações Unidas e muitas conquistas pela melhoria das condições de vida dos brasileiros, o Nós Podemos - Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade se prepara para a transição da nova agenda mundial pelos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), que devem ser alcançados até 2030.

Formado por representantes de 26 estados e do Distrito Federal, o colegiado nacional se reuniu, de 11 a 14 de maio em Brasília, em um seminário de planejamento para traçar as novas metas que nortearão os rumos do trabalho até 2017. Cerca de 2 mil instituições públicas, privadas e organizações da sociedade civil de todo o país, fazem parte do movimento de forma voluntária e contam com parceria da Secretaria-geral da Presidência da República e do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD).

Entre as metas do Nós Podemos, está a de chegar a 25% dos municípios brasileiros, focando naqueles com índice de desenvolvimento humano (IDH) mais baixo. Para possibilitar uma maior capilaridade das ações, serão criados 100 núcleos regionais, além dos 27 estaduais.

“Pretendemos capacitar 600 multiplicadores voluntários que tenham alto conhecimento sobre os objetivos do milênio e a nova agenda ODS, para ir a esses municípios e ajudar no envolvimento da comunidade local”, explica Odilon Faccio, secretário executivo adjunto do Movimento. “Vamos buscar recursos públicos e privados para financiar ações nos municípios, produzir material e trazer os três setores da sociedade para esse compromisso de melhorar a vida das pessoas”, destaca.

União de esforços
A superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, Mariana Borges, representa o Distrito Federal no colegiado nacional e, durante o seminário, foi eleita secretária executiva de comunicação. Ela avalia como positiva a união de esforços. “Pessoas de vários setores estarão mobilizadas em prol dessas causas. Antes, havia um esforço concentrado prioritariamente no governo. Hoje buscamos a participação de todos em prol de um mundo melhor”, observa Mariana.


Durante o encerramento do seminário, na última quinta-feira (14/5), a oficial do PNUD Ieva Lazareviciute injetou uma dose de ânimo nos participantes para que levem o trabalho adiante. Para ela, os desafios são grandes e precisam ser encarados com firmeza nos quatro cantos do país. O secretário nacional de relações políticas e sociais da Secretaria-geral da Presidência da República, Wagner Caetano, defendeu que o conceito de cidadania deve ser avaliado de forma profunda. “Estamos numa luta para construir uma agenda no país que assegure a cidadania mínima a todos os brasileiros. O trabalho relacionado aos objetivos do milênio foi pautado nisso e serviu para assegurar os direitos humanos básicos de cidadania que muitos brasileiros não tinham antes da implementação dessas políticas.”

Prioridades globais
Com prazo estipulado para o período de 2000-2015, os objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) contemplam melhorias nas condições de vida da população mundial, no que diz respeito ao combate à pobreza, educação de qualidade, saúde, igualdade de gêneros e respeito ao meio ambiente. Esses pontos foram utilizados como base para a construção da nova agenda, que amplia o leque de atuação, com 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e 169 metas, que devem ser alcançadas até 2030. Eles englobam financiamento, sustentabilidade econômica e ambiental, além de sociedades pacíficas e inclusivas. De acordo com o PNUD, trata-se de um conjunto integrado e indivisível de prioridades globais para o desenvolvimento sustentável.

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