DIÁLOGOS DA FILANTROPIA

Seminário Diálogos da Filantropia revela boas práticas de gestão

Desenvolvimento de projetos, captação de recursos e legislação foram os temas de palestras a fim de democratizar o acesso a informação técnica para que gestores do terceiro setor administrem melhor seus projetos sociais


Publicação: 07/07/2015 11:14 | Atualização: 07/07/2015 12:47

O resultado das cinco palestras do evento Diálogos da Filantropia, realizado na segunda-feira (6/7) no Auditório dos Diários Associados em Brasília, com apoio da Fundação Assis Chateaubriand, foi divulgado pelo Correio Braziliense nesta terça (7/7). Destaque no site e no jornal impresso, a iniciativa foi uma realização do Instituto Filantropia e Criando Consultoria.

As fotos do evento estão no Facebook da Fundação Assis Chateaubriand.

 

> Confira abaixo a matéria ou leia no site do Correio

Seminário que passará por 21 cidades revela boas práticas de gestão

 (Palestrante Michel Freller destacou a importância de se definir metas quantitativas e qualitativas em projetos sociais (Foto: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press))


Camila de Magalhães

A necessidade de profissionalização do trabalho desenvolvido por entidades sem fins lucrativos foi o foco do seminário Diálogos da filantropia, realizado ontem no Auditório dos Diários Associados. Promovido pelo Instituto Filantropia e Criando Consultoria, com apoio da Fundação Assis Chateaubriand, o evento reuniu diversos representantes de organizações da sociedade civil (OSC) em palestras sobre desenvolvimento de projetos sociais, captação de recursos e legislação do terceiro setor.

Brasília foi uma das 21 cidades do país a receber o seminário, que tem como objetivo democratizar a informação técnica do terceiro setor para ajudar gestores a administrar melhor seus projetos sociais. “O administrador dessas organizações normalmente é uma pessoa que tem um coração muito grande e acaba administrando o projeto social baseado na emoção. Falta um pouco de razão, planejamento estratégico, conhecimento das leis e de ferramentas administrativas que possibilitem uma eficiência melhor do seu projeto social, aplicando os recursos de forma mais coerente”, observou Márcio Zepellini, presidente do Instituto Filantropia e um dos palestrantes. Em sua apresentação, ele deu dicas de como sair do comum e buscar mais atitude, criatividade, relacionamento, conhecimento e tempo para se conseguir um bom planejamento e captação de recursos tangíveis, como dinheiro, material de escritório e alimentos.

Na avaliação de Paulo César Marques, diretor de relações institucionais da Fundação Assis Chateaubriand, trazer essas discussões à tona é fundamental para o fortalecimento do terceiro setor. “Com o cenário econômico atual, as entidades se veem pressionadas a repensar seus modelos para buscar a sustentação financeira. Eventos como este são uma excelente oportunidade para renovar conhecimentos a partir de exemplos de boas práticas de gestão e novas opções de captação de recursos e parcerias”, destacou.

Resultados
Pela manhã, o palestrante Michel Freller ressaltou a importância de se utilizar ferramentas de mobilização de recursos e de gestão que auxiliem as organizações a alcançarem seus objetivos. “A gente vê projetos muito mal escritos por falta de conhecimento de construção de metas qualitativas. Não é fácil, tem que ter experiência e conhecer ferramentas para criar as metas e os indicadores”, defendeu.

O Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv) foi o tema da palestra ministrada pelo gerente de projetos da Fundação Assis Chateaubriand, Eduardo Gay. Segundo ele, o sistema é a única maneira de se captar recursos junto à esfera federal e permite realizar todas as ações necessárias, desde a captação, execução, pagamentos, prestação de contas. “É um modelo excelente porque dá a visão total e oferece muita transparência à sociedade, que pode verificar quem busca recursos, como executa e como gasta.”

O advogado Guilherme Reis falou sobre o direito a imunidade tributária para instituições que atuam com saúde, educação e assistência social e preenchem os requisitos do Código Tributário. “Essas entidades devem buscar seus direitos para que possam fazer um serviço melhor em quantidade e qualidade, o que vai trazer um proveito social muito relevante para todo o país.”

 

Já a palestrante Renata Lima ressaltou a aplicabilidade do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil e suas implicações práticas para o dia a dia dessas instituições. A implementação dessa legislação (Lei 13.019/2014) está prevista para 27 de julho.